quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pronunciamento do Governador Pedro Paulo

Povo do Amapá
Nesses dias de provação que passei, nas minhas reflexões de cada dia, o que sempre vinha ao meu espírito era a fé, a confiança em Deus e a certeza de provar a minha inocência. Assim, com a força e esperança, eu me sinto pronto e renovado a enfrentar e vencer todos os obstáculos que vierem pela frente.

E foi assim todos os dias. E hoje estou aqui, de volta à minha terra, para rever meu pedaço de chão e reencontrar minha gente.
Senhoras e senhores amapaenses,
Meu compromisso é de continuar governando com coragem o Amapá, de não medir sacrifícios na luta pela realização de nossos ideais de desenvolvimento com justiça. Consciente das dificuldades do momento, não temo o que vou enfrentar.

Tenho a noção da realidade e sei que nosso projeto incorpora o sonho amapaense por uma vida melhor. Não vou compactuar com os agentes do atraso, do clientelismo, do corporativismo ou críticos de imaginação curta. Minha única bússola continuará sendo o interesse do Estado que guiará as decisões de meu governo.

Neste momento, não há nada mais precioso para o amapaense do que a liberdade de escolher, de dizer o que quer e de fazer o que for preciso, sempre dentro da Lei. O Amapá conhece meu estilo de trabalhar. Sabe que sou um homem sensato, um homem que sabe ouvir e ter paciência. Mas que também não tem medo de ousar e tomar decisões.


Quando resolvi ingressar na política e, posteriormente, ser governador, fiz porque estava convencido que poderia ajudar a mudar para melhor a vida dos amapaenses. Senti que poderia usar a minha experiência e meus conhecimentos para ajudar a construir o Estado do sonho de todos nós.

Ao longo do tempo aprendi que a tolerância é a força maior. Numa sociedade democrática, não se mudam as coisas com ódio, com vingança, com desrespeito às Leis. Mas com fé, esperança, solidariedade e respeito ao próximo.


Todavia, o que eu passei, eu não desejo pra ninguém.
Você ser acordado às seis horas da manhã, tendo contra você um mandato de prisão... Ter sua casa vasculhada, diante de seus filhos... Ter sua vida pessoal devassada, diante da sua família. Tudo isso sem ter sido interrogado em momento algum, sem nenhum julgamento prévio, sem dispor do direito de ampla defesa e do contraditório, princípios fundamentais da democracia.

O meu povo precisa saber que fui levado para outro estado... E que fiquei lá durante nove dias sob alegação de ter praticado irregularidades no meu governo, sem qualquer comprovação e sem sequer ser ouvido.


Imagine! Ficar nove dias em isolamento forçado, sem o direito de conhecer o inquérito e de me defender, e então voltei para o meu Estado sem SER OUVIDO! Você pode imaginar como eu me senti... Você também se sentiria assim. Nove dias – tendo como companhia meu Deus, minha família, minha fé, meu povo orando por mim e a certeza da minha inocência.

E ali, sozinho naquela sala – em minhas conversas diárias com Ele – eu me perguntava: por quê?
A quem interessa minha derrocada, minha desqualificação, minha desmoralização? E é essa pergunta que eu faço agora a você: a quem interessou todo esse tumulto, toda essa confusão? Quem se beneficiou com isso? Com certeza não fui eu.

Pergunte a seu vizinho, consulte seu amigo... Faça a mesma pergunta pra eles: quem está levando vantagem com isso? Quem se beneficiou? Quem tirou proveito em jogar o nome do Amapá na lama? Converse com as pessoas, levante esse assunto, repita a pergunta... Quem se beneficiará com essas acusações? Tenho certeza que – quando você perguntar pra você mesmo e para as pessoas à sua volta – , saberá a resposta correta.
Mas, minha gente, o trabalho não pode parar.

Governar uma democracia é, antes de tudo, conviver com a pluralidade de objetivos e a limitação de meios – é aceitar o possível no presente para almejar o ideal futuro. Não se começa a construir uma casa pelo teto, mas pelas fundações. Nossa proposta tem começo, meio e fim. Já começamos a construir as fundações com os trabalhos até aqui desenvolvidos.


Continuaremos a buscar o Desenvolvimento Humano com foco nos Objetivos do Milênio, conforme estabelecido pela Organização das Nações Unidas – a ONU, e assumido pelo nosso Plano de Prioridades de Desenvolvimento Humano – o PPDH. Vamos continuar trabalhando para tornar esse sonho realidade. A esse mandato sou e serei sempre fiel.

Continuaremos correspondendo à confiança dos amapaenses. Continuaremos trabalhando para ter um Amapá voltado para resultados, com desenvolvimento mais harmonioso e equilibrado.


Um Estado que será respeitado, não só pelas dimensões de sua geografia, e por suas belezas naturais – mas pelo senso de humanidade, de fé e de trabalho do seu povo, que marcará a condução de sua vida pública.

Continuarei assumindo as responsabilidades, sem arbitrariedade. Continuarei governando com firmeza, mas sem arrogância. Para isso, preciso do povo. Preciso de sua inspiração. De sua confiança. De sua força.


Por isso, e porque amo minha terra, reafirmo o juramento que fiz sobre a Constituição do Amapá, de construir um futuro melhor para os amapaenses. Esse juramento nunca deixou de ser a prioridade número um do meu governo. E nunca deixará de contar com o melhor de minhas forças para cumpri-lo.
Agradeço ao povo pela recepção de ontem.

Pedro Paulo Dias de Carvalho
Governador do Estado do Amapá

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