sábado, 20 de março de 2010

Feriado estadual é fruto de projeto do deputado Edinho Duarte


São José é um dos santos mais populares da Igreja Católica, tendo sido proclamado "protetor da Igreja católica romana"; por seu ofício, "padroeiro dos trabalhadores" e, pela fidelidade a sua esposa, como "padroeiro das famílias", sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo. E um desses lugares fica exatamente no meio do mundo, o Amapá.

É isso mesmo, hoje, 19 de berço São José é festejado não somente em Macapá de onde é padroeiro, mas em todo em todo Estado do Amapá. E tudo começou em 2001 quando o deputado estadual Edinho Duarte (PP) elaborou o projeto de Lei 0082/2001-AL, sendo aprovado logo em seguida.

O parlamentar entendeu que o São José proteja as terras amapaense desde quando o Amapá ainda não possuía divisões municipais. “O Amapá é constituído de pessoas trabalhadoras, oriundas de famílias descentes. E não é só os amapaenses, mas todos aqueles que pra cá vieram trabalhar, constituir famílias, e ajudar no desenvolver nosso Estado. Por isso propomos e aprovamos esse ato de fé. São José agora é padroeiro do Estado do Amapá”, disse o deputado Edinho Duarte.

A Lei que consagrou oficialmente São José protetor de todo o território amapaense foi sancionada em 16 de abril de 2002. E neste 19 de março que os amapaenses relembram e oram em homenagem ao Santo padroeiro dom Amapá.

José, o pai

José é um personagem célebre do Novo Testamento bíblico, marido da mãe de Jesus Cristo. Nasceu em Belém da Judeia, no século I a.C., era pertencente à tribo de Judá e descendente do rei Davi de Israel. No catolicismo, ele é considerado um santo e chamado de São José.

De acordo com o catolicismo, foi designado por Deus para se casar com a jovem Maria, mãe de Jesus, que era uma das consagradas do Templo de Jerusalém, e passou a morar com ela e sua família em Nazaré, uma localidade da Galileia. Segundo a Bíblia, era carpinteiro de profissão, ofício que teria ensinado a seu filho.

O Evangelho de Lucas atesta que o imperador Augusto ordenou um recenseamento em todo o Império Romano, que na época incluía toda a região, e a jovem Maria e seu esposo José se dirigiram a Belém, por ambos serem da Tribo de Judá e descendentes de Davi. Nessa época, reinava na Judeia Herodes, o Grande, monarca manipulado pelos romanos, célebre pela crueldade.

O Evangelho deixa claro que José era o pai legal e certo de Jesus, embora o texto deixe inequívoco que ele não foi o pai biológico de Jesus. José quando encontrou Maria grávida "sem antes terem coabitado", "sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente", quando na época a lei bíblica vigente prescrevia a lapidação (morte por pedradas) das adúlteras. Eis que, então, enquanto José dormia, apareceu-lhe, em sonho, um anjo que pede-lhe que não tema em receber Maria como sua esposa, "pois o que nela foi gerado é do Espírito Santo".

Nessa época, Maria, sua esposa deu à luz Jesus numa manjedoura, pois não encontraram outro local para se hospedarem em Belém. Devido a tirania do rei Herodes e de sua fúria em querer matar o menino Jesus por ter ouvido que havia em Belém nascido o Cristo (o Messias), a Bíblia, no Evangelho de Mateus, refere que Deus, igualmente em sonho, orientou seu esposo José para que fugissem para o Egito. Assim, apenas nascido, Jesus já era um exilado, juntamente com José e Maria seus pais.

Posteriormente, tendo Herodes morrido, um anjo de Deus, igualmente em sonho, aparece a José e orienta-o para que regressem à terra de Israel "porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino". Ao regressar, tendo ouvido que Arquelau (Herodes Arquelau) reinava na Judeia no lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá e, por mais uma vez, em sonho, tendo sido prevenido por divina advertência, retirou-se para a região da Galileia, voltando a família a residir em Nazaré.

José é um homem silencioso, e pouco aparece na Bíblia. Não se sabe a data aproximada de sua morte, mas ela é presumida como anterior ao início da vida pública de Jesus. Quando este tinha doze anos, de acordo com o Evangelho de Lucas (cap. 2), José ainda era vivo, sendo que em todos os anos a família ia anualmente a Jerusalém para a festa da Páscoa.

Na Páscoa desse ano, "o menino Jesus permaneceu em Jerusalém sem que seus pais soubessem", os quais "passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos" e, por fim, o reencontraram no Templo da Cidade Santa "assentado entre os mestres, ouvindo-os e interrogando-os, os quais se admiravam de sua inteligência e de suas respostas". "Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados" e Maria, sua mãe, diz-lhe: "Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura", sendo essa sua última referência a José estando vivo.

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