terça-feira, 20 de abril de 2010

AS QUESTÕES DA FRONTEIRA


Semana passada estive em Oiapoque juntamente com o governador Pedro Paulo para inaugurações e visitas às obras da ponte binacional que desta sendo construída por um consórcio nacional e será pago pelo Brasil e pela França.
Enquanto todas as atenções estavam voltadas para a programação oficial aproveitei os espaços na agenda para verificar as condições atuais da população daquele município fronteiriço que tem como prefeito Agnaldo Rocha, filiado do PP e que tem se mostrado muito preocupado com o volume de problemas que superam as alçadas da prefeitura municipal.
As recentes ações da polícia francesa na fronteira entre a Caiena e Oiapoque têm chamado a atenção de todo o Brasil pelas prisões, consideradas ilegais pelos brasileiros, que são efetuadas, na maioria das vezes, em território nacional.
Uma questão séria e que precisa ser resolvida rapidamente, considerando os contornos de que são revestidas as ações policiais francesas, revestidas de violência contra brasileiros indefesos.
Mas não é só esse problema que afeta o município de Oiapoque, muito embora ele contribua para o agravamento de muitos outros. Cessando a atividade garimpeira, sobram muitos trabalhadores que ficam sem emprego e sobrecarregam a relação social em Oiapoque que já é precária.
Os postos de saúde são afetados, a segurança é afetada, o desespero aumenta e isso afeta a qualidade de vida dos moradores do município que, sem alternativas, se vêem acuadas pelas próprias circunstâncias.
Isso aumenta o nível de pobreza e coloca as famílias em alerta devido à tendência a prostituição patrocinada pelos euros dos franceses que atravessam o rio sabendo que encontrarão facilidade para satisfazer os seus desejos.
Uma situação muito grave que precisa de uma frente pública pra evitar o que está acontecendo agora e apontar uma saída para a situação em que se encontra a sociedade local. A hora é de ação.

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